As atrofias que percebemos sobre a perda da cultura em Penedo

Não se contam mais as histórias do Penedo com o olhar daqueles que vivenciaram experiências únicas, testemunharam momentos que só quem esteve próximo presenciou e pode transmitir. Estamos perdendo nossa identidade.

Relatar o Penedo descrito nos livros de nossos maiores escritores e autores é reviver um passado marcado por eventos e momentos históricos da cidade, com suas ruas estreitas e largas avenidas. Essa característica registra fases distintas de crescimento, desenvolvimento e chegada de progresso.

Entretanto, isso também pode significar estagnar no tempo. Exigir que retornemos aos tempos de *Gutenberg, com seu foco máximo na criação de novos livros, não é uma ideia negativa. 

Porém, nos tempos modernos, onde tudo pode ser gravado em áudio e imagem, através de vídeos coloridos que capturam reações visuais e o fascínio das plateias, ideias, em um curto espaço de tempo, registrar e transmitir os fatos mais interessantes de nossa querida Penedo, com todos os seus encantos e raridades. Não fazer isso é desperdiçado oportunidades valiosas de preservação para a posteridade o que nunca foi escrito e que pode se perder no tempo.

Não consigo entender como se pode ignorar tanta história da nossa 'princesa' do baixo São Francisco, histórias que podem ser contadas por testemunhas oculares do que nunca foram documentadas. As preciosas conversas entre amigos da vida política de Penedo corrigem o risco de desaparecimento junto com aqueles que presenciaram.

Penedo parece ter caído em um modismo exagerado, trazendo 'ícones' de fora que jamais viveram nem uma semana aqui. Estamos perdendo nossas raízes ao colocar mestres de cerimônia que nunca sentiram a emoção das grandes disputas ou testemunharam os marcos históricos de nossa vida na cidade. Isso é um erro Crasso.

Eu já sugeri ao secretário de turismo de Penedo, e agora registro também para a secretária de cultura, que promovam a preservação de nossa história em eventos no Theatro Sete de Setembro ou no Centro de Convenções, convidando José Luiz Passos e o escritor Raul Rodrigues para narrar os eventos de nossa história moderna, que ainda não foram documentados em livros ou rascunhos, pois todas essas histórias estão apenas em nossas memórias, que são falíveis e limitadas pela mortalidade humana.

No entanto, a resposta até agora foi o silêncio. 

Já presenciei relatos distorcidos por parte de estranhos ao nosso ninho, Penedo, que, por serem visitantes renomados, destoaram da verdade dos fatos, já que nada viveram aqui.

Aqueles que não valorizam nossos talentos locais abrem espaço para o infortúnio, e isso desfigura nossa rica e verdadeira história."