ONU aprova resolução sobre pausa humanitária em Gaza; Israel rejeita
16/11/2023, 06:18:43Após 40 dias de conflito entre Israel e o Hamas e quatro textos vetados, o Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) finalmente aprovou resolução que propõe pausas humanitárias "urgentes e prolongadas" na Faixa de Gaza, após votação na tarde desta quarta-feira, 15.
O texto, que não recebeu veto dos Estados Unidos desta vez, aprovou um pedido de pausas e corredores humanitários urgentes em toda a Faixa de Gaza. Os Estados Unidos, a Rússia e o Reino Unido, que têm poder de veto no Conselho, se abstiveram na votação. Os 12 membros restantes votaram a favor.
Israel, no entanto, rejeitou a resolução, alegando que não haverá pausa enquanto reféns estiverem detidos pelo Hamas. Já o embaixador de Israel na ONU, Gilad Erdan, disse em comunicado que a resolução do Conselho de Segurança está "desligada da realidade". Para ele, "é lamentável que o conselho continue a ignorar e se recuse a condenar ou mesmo mencionar o massacre perpetrado pelo Hamas" no dia 7 de outubro.
Segundo Erdan, " a estratégia do Hamas é deteriorar deliberadamente a situação humanitária na Faixa de Gaza e aumentar o número de vítimas palestinas, a fim de fazer com que a ONU e o Conselho de Segurança detenham Israel. Isto não acontecerá. Israel continuará a agir até que o Hamas seja destruído e o os reféns são devolvidos", disse Erdan.
Mais de 11 mil palestinos morreram, sendo 4.630 crianças e 3.130 mulheres, e 27 mil ficaram feridos desde o início da ofensiva israelense em Gaza. Do lado israelense, o número de mortes permanece praticamente inalterado desde os ataques de 7 de outubro cometidos pelo Hamas, com 1.200 mortos e 5.600 feridos, além de 200 reféns raptados;
Mais de 1,5 milhão de palestinos foram deslocados de suas casas; estima-se que 45% das residências em Gaza tenham sido totalmente ou parcialmente destruídas; Há falta água potável, energia elétrica, comida e medicamentos em Gaza.
Esta foi quinta tentativa do conselho de tomar medidas desde que os militantes palestinos do Hamas atacaram Israel em 7 de outubro, matando 1.200 pessoas e fazendo 240 reféns. Israel prometeu exterminar o Hamas, que governa Gaza, atacando o enclave de 2,3 milhões de habitantes pelo ar, impondo um cerco e lançando uma invasão terrestre.
O Conselho de Segurança tentou agir quatro vezes em duas semanas em outubro -- a Rússia falhou duas vezes em obter os votos mínimos necessários, os Estados Unidos vetaram uma resolução elaborada pelo Brasil e a Rússia e a China vetaram uma resolução elaborada pelos EUA.
A resolução, que foi redigido por Malta, "pede pausas humanitárias urgentes e prolongadas e corredores em toda a Faixa de Gaza por um número suficiente de dias para permitir (...) o acesso humanitário completo, rápido, seguro e desimpedido"
O texto exige o cumprimento da lei internacional, especificamente a proteção de civis, especialmente crianças. Ele também pede a libertação imediata e incondicional de todos os reféns mantidos pelo Hamas e outros grupos, especialmente crianças. A minuta não condena as ações do Hamas, um ponto de discórdia para o aliado de Israel, os Estados Unidos.
O texto pede a todas as partes que não privem os civis de Gaza dos serviços básicos e da ajuda humanitária necessária para sua sobrevivência, acolhe as entregas iniciais e limitadas de ajuda e pede que elas sejam ampliadas.
Com informações da Reuters e Haaretz.
O texto, que não recebeu veto dos Estados Unidos desta vez, aprovou um pedido de pausas e corredores humanitários urgentes em toda a Faixa de Gaza. Os Estados Unidos, a Rússia e o Reino Unido, que têm poder de veto no Conselho, se abstiveram na votação. Os 12 membros restantes votaram a favor.
Israel, no entanto, rejeitou a resolução, alegando que não haverá pausa enquanto reféns estiverem detidos pelo Hamas. Já o embaixador de Israel na ONU, Gilad Erdan, disse em comunicado que a resolução do Conselho de Segurança está "desligada da realidade". Para ele, "é lamentável que o conselho continue a ignorar e se recuse a condenar ou mesmo mencionar o massacre perpetrado pelo Hamas" no dia 7 de outubro.
Segundo Erdan, " a estratégia do Hamas é deteriorar deliberadamente a situação humanitária na Faixa de Gaza e aumentar o número de vítimas palestinas, a fim de fazer com que a ONU e o Conselho de Segurança detenham Israel. Isto não acontecerá. Israel continuará a agir até que o Hamas seja destruído e o os reféns são devolvidos", disse Erdan.
Mais de 11 mil palestinos morreram, sendo 4.630 crianças e 3.130 mulheres, e 27 mil ficaram feridos desde o início da ofensiva israelense em Gaza. Do lado israelense, o número de mortes permanece praticamente inalterado desde os ataques de 7 de outubro cometidos pelo Hamas, com 1.200 mortos e 5.600 feridos, além de 200 reféns raptados;
Mais de 1,5 milhão de palestinos foram deslocados de suas casas; estima-se que 45% das residências em Gaza tenham sido totalmente ou parcialmente destruídas; Há falta água potável, energia elétrica, comida e medicamentos em Gaza.
Esta foi quinta tentativa do conselho de tomar medidas desde que os militantes palestinos do Hamas atacaram Israel em 7 de outubro, matando 1.200 pessoas e fazendo 240 reféns. Israel prometeu exterminar o Hamas, que governa Gaza, atacando o enclave de 2,3 milhões de habitantes pelo ar, impondo um cerco e lançando uma invasão terrestre.
O Conselho de Segurança tentou agir quatro vezes em duas semanas em outubro -- a Rússia falhou duas vezes em obter os votos mínimos necessários, os Estados Unidos vetaram uma resolução elaborada pelo Brasil e a Rússia e a China vetaram uma resolução elaborada pelos EUA.
A resolução, que foi redigido por Malta, "pede pausas humanitárias urgentes e prolongadas e corredores em toda a Faixa de Gaza por um número suficiente de dias para permitir (...) o acesso humanitário completo, rápido, seguro e desimpedido"
O texto exige o cumprimento da lei internacional, especificamente a proteção de civis, especialmente crianças. Ele também pede a libertação imediata e incondicional de todos os reféns mantidos pelo Hamas e outros grupos, especialmente crianças. A minuta não condena as ações do Hamas, um ponto de discórdia para o aliado de Israel, os Estados Unidos.
O texto pede a todas as partes que não privem os civis de Gaza dos serviços básicos e da ajuda humanitária necessária para sua sobrevivência, acolhe as entregas iniciais e limitadas de ajuda e pede que elas sejam ampliadas.
Com informações da Reuters e Haaretz.