"Pode me atacar mas, por favor, responda à pergunta", diz juiz à Donald Trump, réu por fraude
07/11/2023, 06:18:06Réu em quatro casos distintos, o ex-presidente estadunidense Donald Trump testemunhou em Nova York nesta segunda-feira (6), como parte do julgamento por ter sido acusado de inflacionar o valor de seus ativos imobiliários durante anos. Na ocasião, o político chegou a chamar o juiz Arthur F. Engoron de "hostil" e "parcial", a firmou que o caso era uma "desgraça".
Ao responder aos questionamentos da promotoria, segundo informações do jornal The New York Times, Trump se estendia em assuntos pouco relacionados às perguntas, distribuindo afirmações e opiniões não-solicitadas. Ele também acusou as autoridades legais de prestarem "muita atenção" aos seus negócios depois de ter vencido as eleições presidenciais de 2016. "Tenho certeza de que o juiz decidirá contra mim porque ele sempre decide contra mim", alegou.
O juiz Engoron então alertou o ex-presidente, reforçando que poderia removê-lo do banco das testemunhas caso ele não respondesse diretamente às perguntas. "Você pode me atacar, pode fazer o que quiser, mas, por favor, apenas responda à pergunta", demandou.
O jurista dirigiu-se, ainda, ao advogado de Trump, Christopher Kise: "Senhor Kise, você pode controlar seu cliente? Este não é um comício político. Isto é um tribunal".
Tanto a procuradora-geral quanto o juiz responsável pelo caso são regularmente atacados pelo republicano desde o início desse julgamento, no começo de outubro. O ex-presidente também já chamou Engoron de "desequilibrado" e de "agente democrata, da esquerda radical, que odeia Trump".
O julgamento do político estadunidense passou a receber mais atenção no fim de setembro, quando Arthur Engoron, que preside a sessão, decidiu que a "fraude contínua" foi comprovada.
Até o momento, as evidências apresentadas no julgamento revelaram que funcionários da empresa do ex-presidente, incluindo seus filhos Eric e Donald Jr., estiveram envolvidos em esforços para manipular o valor avaliado de algumas propriedades, como a de Mar-a-Lago, na Flórida. Uma testemunha, seu ex-advogado e corretor Michael Cohen, testemunhou que Trump o orientou a alterar as demonstrações financeiras para aumentar seu patrimônio líquido.
Este se trata de um processo civil e não criminal, portanto, o político não pode ser preso. Contudo, uma condenação pode trazer grandes impactos monetários. Ele pode ser impedido de fazer negócios na cidade, e o julgamento coloca em risco o império imobiliário que Trump construiu em Nova York.
Ao responder aos questionamentos da promotoria, segundo informações do jornal The New York Times, Trump se estendia em assuntos pouco relacionados às perguntas, distribuindo afirmações e opiniões não-solicitadas. Ele também acusou as autoridades legais de prestarem "muita atenção" aos seus negócios depois de ter vencido as eleições presidenciais de 2016. "Tenho certeza de que o juiz decidirá contra mim porque ele sempre decide contra mim", alegou.
O juiz Engoron então alertou o ex-presidente, reforçando que poderia removê-lo do banco das testemunhas caso ele não respondesse diretamente às perguntas. "Você pode me atacar, pode fazer o que quiser, mas, por favor, apenas responda à pergunta", demandou.
O jurista dirigiu-se, ainda, ao advogado de Trump, Christopher Kise: "Senhor Kise, você pode controlar seu cliente? Este não é um comício político. Isto é um tribunal".
Tanto a procuradora-geral quanto o juiz responsável pelo caso são regularmente atacados pelo republicano desde o início desse julgamento, no começo de outubro. O ex-presidente também já chamou Engoron de "desequilibrado" e de "agente democrata, da esquerda radical, que odeia Trump".
O julgamento do político estadunidense passou a receber mais atenção no fim de setembro, quando Arthur Engoron, que preside a sessão, decidiu que a "fraude contínua" foi comprovada.
Até o momento, as evidências apresentadas no julgamento revelaram que funcionários da empresa do ex-presidente, incluindo seus filhos Eric e Donald Jr., estiveram envolvidos em esforços para manipular o valor avaliado de algumas propriedades, como a de Mar-a-Lago, na Flórida. Uma testemunha, seu ex-advogado e corretor Michael Cohen, testemunhou que Trump o orientou a alterar as demonstrações financeiras para aumentar seu patrimônio líquido.
Este se trata de um processo civil e não criminal, portanto, o político não pode ser preso. Contudo, uma condenação pode trazer grandes impactos monetários. Ele pode ser impedido de fazer negócios na cidade, e o julgamento coloca em risco o império imobiliário que Trump construiu em Nova York.