Tarcísio tira do ar canal do portal da transparência ao alegar erro sobre publicidade

Tarcísio tira do ar canal do portal da transparência ao alegar erro sobre publicidade
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) tirou do ar nesta quarta-feira (25) um dos painéis do Portal da Transparência sobre gastos contratuais, sob a alegação de que há erros nos dados de publicidade de São Paulo.
A medida foi tomada após questionamentos da Folha de S.Paulo sobre as despesas da atual gestão com a comunicação. Segundo o governo, as informações contidas na página estavam incorretas.
"A Controladoria Geral do Estado, após o acionamento da reportagem, identificou uma falha pontual no sistema de alimentação dos painéis interativos do portal da transparência. A inconsistência incidia na extração de dados diferentes àqueles solicitados do portal do Siafem [Sistema Integrado de Administração Financeira para Estados e Munícipios]", afirmou a gestão.
Segundo o governo, a controladoria retirou o painel do ar para fazer as correções. O governo afirma que dados fiscais e orçamentários não foram afetados e se encontram disponíveis. O painel retirado do ar trazia dados mais detalhados, com informações, por exemplo, das empresas beneficiadas no contrato.
Os dados incorretos mostravam aumento de empenhos com publicidade. O governo apresentou dados afirmando que os recursos para este fim caíram de R$ 196,2 milhões, em 2022, para R$ 163,8 milhões neste ano, queda de 17%.
O recorte inclui também recursos das pastas de Educação e Saúde voltados à comunicação.
A reportagem confirmou os dados enviados pelo governo no site da Secretaria da Fazenda –que, diferentemente do painel retirado do ar, exigem mais de uma busca e dificultam a compilação dos maiores beneficiados.
Entre as campanhas encontradas pela reportagem, várias delas destacam números como empregos criados, unidades habitacionais entregues e investimentos no agronegócio paulista.
"As campanhas publicitárias promovidas pela atual gestão atendem ao princípio da publicidade institucional de divulgar direitos, produtos e serviços colocados à disposição dos cidadãos, com o objetivo de informar, educar, orientar, mobilizar, prevenir ou alertar a população", diz o governo.
O governo cita diversas campanhas na área de utilidade pública, como as relacionadas a vacinas e combate à dengue.