Ao trabalho! Veja o que Lúcio Flávio terá de ajustar em seus primeiros passos como técnico interino do Botafogo

Ao trabalho! Veja o que Lúcio Flávio terá de ajustar em seus primeiros passos como técnico interino do Botafogo

Alçado a técnico interino do  Botafogo, Lúcio Flávio se dedicará nestes primeiros dias a arregaçar as mangas em busca de retomar a rota da equipe no Brasileirão. No entanto, o sucessor do técnico Bruno Lage terá arestas para aparar.
Nos 84 dias com o português, o Glorioso expôs algumas incógnitas que contribuíram para a equipe ter uma sequência de cinco jogos sem vitórias (uma na Sul-Americana e quatro no Brasileiro).
Lúcio Flávio e Carli: interino terá comissão técnica na empreitada à frente do Alvinegro (Foto: Vitor Silva / Botafogo)
CONTROLAR OS ÂNIMOS DA EQUIPE
O desafio mais urgente do interino é fazer a equipe reencontrar-se com a vitória e ganhar moral. Isto passa por fazer com que o grupo contorne a queda de desempenho recente, drible as ansiedades e volte-se novamente para o Brasileirão.
O técnico afirmou em entrevista seu desejo de dar potencial cada vez maior para que o grupo cresça. Além disso, declarou que o Botafogo conta com um elenco bastante amadurecido.
O ESTILO DE JOGO
Busca por reencontrar ímpeto do primeiro turno move Lúcio Flávio (Foto: Vitor Silva / Botafogo)
Seu objetivo é encontrar novamente as características que o Botafogo tinha em seu início de Campeonato Brasileiro. A equipe se destacou por sua postura impetuosa e uma defesa segura no espetacular primeiro turno.
Porém, com Bruno Lage, o equilíbrio foi se perdendo até chegar à sequência sem vitórias. O reajuste ao plano ideal passa para ser bem-sucedido.
VARIAÇÕES PRECISAS PARA O MEIO
A formação com Marlon Freitas, Tchê Tchê e Eduardo foi, gradualmente, se desgastando. Como os demais componentes do meio estavam desgastados, o camisa 33 ficou sobrecarregado e, bem marcado, viu a equipe anulada.
Lage tentou variações como escalar Gabriel Pires diante do Goiás. Porém, a formação não funcionou e a equipe pouco chutou a gol. Uma rota mais segura e que proporcione alternativas é o maior desafio de Lúcio Flávio.
MENOS IMPROVISOS
No período com Bruno Lage, não faltaram jogadores deslocados para outros setores. O meia Tchê Tchê foi um dos jogadores que mais se desdobraram. Além de articulador, foi ponta-direita, lateral-direito e lateral-esquerdo. Atuando na lateral direita, chegou a render satisfatoriamente no empate em 1 a 1 diante do Goiás, mas não foi tão incisivo quanto se esperava no setor.
Outros nomes foram testados em outros setores. JP Galvão foi lateral e Eduardo atuou como centroavante. Promover variações sem sacrificar os atletas é um dos caminhos mais seguros.
INDEFINIÇÕES PELO LADO DIREITO
Lúcio Flávio em busca por saída pela direita (Foto: Vitor Silva / Botafogo)
O caminho mais tortuoso para Lúcio Flávio passa pelo lado direito do Botafogo. O técnico Bruno Lage não indicou confiança em Di Plácido e passou a testar outros jogadores. Além do uruguaio Mateo Ponte, os meias JP Galvão e Tchê Tchê jogaram pelo lado.
O Alvinegro também encontrar uma lacuna na ponta-direita desde a saída de Gustavo Sauer. Júnior Santos e Matías Segovia vêm travando disputa atualmente, mas nenhum deles inspira confiança total. Luis Henrique recebeu poucas oportunidades com Lage, enquanto Diego Hernández só entrou em jogos da Sul-Americana.
O Botafogo, com 52 pontos, tenta manter distância na liderança no domingo, 8, às 16h. A equipe encara o Fluminense no Maracanã.