Quico, do Chaves, faz campanha contra imigração ilegal para embaixada dos EUA no México

Quico, do Chaves, faz campanha contra imigração ilegal para embaixada dos EUA no México
O Quico, um dos principais personagens da série de TV “Chaves”, é protagonista de uma campanha dos Estados Unidos no México contra a imigração ilegal. Após a divulgação das imagens pela embaixada norte-americana no México, o ator Carlos Villagrán, intérprete do personagem, está recebendo duras críticas. 
Em um dos vídeos, Quico pede para seus compatriotas não tentarem entrar nos Estados Unidos de forma ilegal. 
"Olá, amigos. Primeiro de tudo: Calem-se, calem-se, calem-se, vocês me deixam loucos! Tenho algo muito importante para dizer: não cruzem a fronteira dos Estados Unidos, porque seu pai, sua mãe, seu tio, seu cachorro, seu gato, seu periquito, todo mundo pode estar em perigo. O melhor é cruzar (a fronteira) de forma legal. Vamos lá. Se você fizer isso (cruzar de forma legal), aí sim vou gostar de você".
Em outro, o personagem alerta sobre os contrabandistas, os coiotes, que são pagos para levar as pessoas em viagens ilegais além da fronteira. Com um carrinho, Quico fala: “Os coiotes sempre te deixam encalhado, é melhor dizer a eles para saírem, para irem embora”.  

A ação, que também foi divulgada nas redes sociais, é uma tentativa de diminuir os casos de entrada ilegal nos Estados Unidos e incetiva o processo de forma legal. Desde o fim da pandemia da covid-19, os números de imigrantes ilegais que passam pela fronteira entre os dois países vêm batendo recorde. 
Muitos se arriscam com suas famílias, na esperança de conseguirem um melhor estilo de vida. Segundo dados divulgados pelo jornal The Washington Post, a Patrulha de Fronteira dos EUA prendeu cerca de 91 mil imigrantes apenas em agosto deste ano. 
Assim que foram lançados, o público fez questão de opinar sobre o posicionamento do personagem, que é muito famoso no país. Na aba de comentários de um dos vídeos, uma internauta comentou:
“Não fale do que não sabe, Quico. Vir legalmente para os EUA não é como dizer 'vou comprar um quilo de tortilhas'. Você fala como se fosse só ir até a embaixada e pedir meu visto. Se as pessoas estão usando meios como os “coiotes” ou correndo riscos sozinhas é porque não têm meios para comer em seus países, muito menos para conseguir um visto. Não seja falso”, escreveu. 
“Parece que o Carlos virou seu personagem”, comentou outro internauta em referência a construção do personagem de Quico, que é um “menino rico” e que dificilmente se importa com problemas dos seus amiguinhos mais pobres como Chaves e Chiquinha.