"Eu e minha esposa estamos mortos por dentro", disse noivo de casamento que terminou em tragédia

"Eu e minha esposa estamos mortos por dentro", disse noivo de casamento que terminou em tragédia
O casal cuja cerimônia de casamento foi marcada por um incêndio que resultou em tragédia falou sobre o ocorrido em uma entrevista ao canal de televisão britânico Sky News. “É verdade que estamos sentados aqui na sua frente, vivos, mas por dentro estamos mortos. Estamos entorpecidos. Estamos mortos por dentro” disse Raveen durante entrevista à emissora, ao lado de sua esposa Hanee.
O incêndio ocorreu no distrito de Hamdaniyah, na província de Nínive, no norte do Iraque, na noite de terça-feira, 26. Ao todo, 100 pessoas morreram e mais de 150 ficaram feridas. 
A data que tinha como propósito marcar a vida do casal de forma positiva e alegre acabou gerando tristeza e angústia. Entre os mortos no incêndio estavam a mãe e o irmão da noiva. O pai dela encontra-se internado em estado grave. Pelo menos 25 parentes próximos dos noivos morreram no incêndio.
Ao canal britânico, o casal disse que deixará a cidade de Qaraqosh, onde a tragédia aconteceu, na tentativa de esquecer o ocorrido.
As causas do incêndio ainda estão sendo investigadas, mas, de  acordo com informações dos convidados entrevistados pela Reuters, o fogo começou após pessoas usaram fogos de artifício dentro do salão de festas. 
Em um vídeo publicado nas redes sociais, é possível ver o momento em que o incêndio se inicia. As chamas, desencadeadas pelo material altamente inflamável, resultaram na queda de uma parte do teto do salão de festas sobre os convidados.
Hanee lembra que, no momento do incêndio, ela e seu marido estavam dançando. “Foi quando os fogos de artifício começaram a subir até o teto. Em questão de minutos, todo o salão estava tomado por chamas e não conseguimos ver nada, não sabíamos como sair” declarou a emissora britânica. 
Em um comunicado oficial ao qual o jornal O Globo teve acesso, a Defesa Civil local declarou que as autoridades identificaram a existência de painéis pré-fabricados "susceptíveis à inflamação e em desacordo com as regulamentações de segurança" na sala de festas onde ocorreu a tragédia.